terça-feira, 28 de maio de 2013

Descoberta do DNA completa 60 anos


Há 60 anos Francis Crick e James Watson entravam para história da ciência. Um artigo publicado pelos dois pesquisadores na revista Nature no dia 25 de abril daquele ano, mostrava ao mundo o DNA. 


Francis Crick e James Watson  (Imagem: Reprodução)
O  ácido desoxirribonucleico, duas hélices, ou apenas DNA,  permitiu que entendêssemos de outra forma como são os animais, as plantas e todas as criaturas vivas.

O DNA é um composto orgânico que armazena informações hereditárias responsáveis pelo desenvolvimento dos seres vivos. É o DNA que determina as características físicas de uma pessoa.
Após a descoberta da molécula, a ciência deu um salto em sua evolução.


Molécula de DNA (Imagem:  Reprodução)

Após suas descoberta foi possível criar alimentos transgênicos, clonar animais (e recentemente embriões) e ainda ajudar na busca da cura de doenças como HIV e câncer. Foi possibilitada também a criação de drogas para o combate a doenças como diabetes.


Esse salto na ciência possibilitou também o avanço tecnológico e gerou grande impacto na agricultura, pecuária, medicina forense bioinformática e nanotecnologia. 

Resultado final do edital de Apoio aos PPG's das IES é divulgado



A Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN) torna público o resultado final do Edital de Apoio aos Programas de Pós-Graduação das Instituições de Ensino Superior do RN.
O resultado foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 25 e foi homologado pelo convênio FAPERN/Capes. Segue a lista com as propostas aprovadas:


Programa de Pós-Graduação
IES
Recursos
1.        
Ambiente, Tecnologia e Sociedade
UFERSA
75.000,00
2.        
Ciência Animal
UFERSA
100.000,00
3.        
Ciência da Computação
UERN
100.000,00
4.        
Ciências Naturais
UERN
75.000,00
5.        
Ciências Sociais e Humanas
UERN
50.000,00
6.        
Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos
UFRN
75.000,00
7.        
Desenvolvimento e Meio Ambiente
UFRN
75.000,00
8.        
Ecologia e Conservação
UFERSA
75.000,00
9.        
Educação
UERN
75.000,00
10.     
Estudos da Mídia
UFRN
50.000,00
11.     
Física
UERN
50.000,00
12.     
Letras
UERN
75.000,00
13.     
Manejo de Solo e Água
UFERSA
75.000,00
14.     
Saúde e Sociedade
UERN
75.000,00
15.     
Sistemas de Comunicação e Automação
UFERSA
75.000,00
16.     
Sistemática e Evolução
UFRN
75.000,00


O resultado e outras informações do edital podem ser obtidas através do link

Ganhadora do Prêmio Mulher Pesquisadora se encontra com presidente da Alemanha


No último dia 15, a ganhadora do Prêmio Mulher Pesquisadora 2013 da FAPERN, teve um encontro com o presidente da Alemanha, Joachim Gauck. A reunião serviu para apresentação dos projetos científicos destinados para o Ano da Alemanha no Brasil 2013-2014.

O encontro aconteceu no Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, e contou ainda com a presença do governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho, do Consul Geral da República Federal da Alemanha, Harald Klein e do professor do departamento de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Yanko Xavier.

Helenice Vital  foi laureada em abril na categoria Sênior do Prêmio Mulher Pesquisadora. A vencedora é graduada em Geologia pela UFRN, tem mestrado em Geologia e Geoquímica pela Universidade Federal do Pará, doutorado e pós doutorado em Geologia e Geofísica Marinha pela Christian Albrechts Universitat Zu Kie, Alemanha e atualmente atua como professora titular em Geologia Marinha da UFRN.  

Na área da pesquisa, Helenice Vital tem atuado como coordenadora e pesquisadora de projetos de pesquisas nacionais e internacionais, com grande destaque para área de geologia marinha, em especial, geologia costeira.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

RN pode ter mais uma forma de acesso a previsões climáticas.


Durante a manhã desta sexta-feira, 24, ocorreu na Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte – FAPERN uma reunião para discutir a implantação de um novo boletim meteorológico no estado.

Professora Bernardete Cordeiro em reunião sobre boletim
A reunião contou com a presença da representante da FAPERN, professora Maria Bernardete Cordeiro e do coordenador no núcleo de pós-graduação das ciências climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, professor Paulo Sérgio Lúcio. 

O boletim meteorológico é uma proposta da UFRN em parceria com o Governo do Estado e a Emparn.  O intuito do periódico visa à divulgação de previsões meteorológicas diariamente e semanalmente (a cada 6, 12, 24, 36 e 72 horas), a previsão climática sazonal para o período de um a seis meses e ainda o monitoramento dos reservatórios do estado com divulgação pela internet no portal da FAPERN, Governo do Estado, UFRN e Emparn.

De acordo com Paulo Sérgio Lúcioa parceria entre a FAPERN e a UFRN vai criar uma nova opção de acesso à informação meteorológica. Segundo o professor, o boletim vai auxiliar eventos esportivos que precisam de previsões de tábuas de maré até ações políticas de enfrentamento da seca com as previsões climáticas sazonais. “As informações vão auxiliar na agricultura, pecuária, no planejamento urbano e no setor de turismo”, pontuou o professor.

Presidente da SBPC defende regime diferenciado de contratações para pesquisas


Via Jornal da Ciência


Por que o Brasil tem um regime diferenciado de contratações para obras da Copa do Mundo, mas engessa a pesquisa científica? O questionamento foi feito pela presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, na audiência pública da comissão especial que analisa a proposta do Código Nacional de Ciência e Tecnologia (PL 2177/11), realizada na última terça-feira, 21.

Entre outras medidas, o projeto propõe a flexibilização das regras de contratações para a área de Ciência e Tecnologia. Essa mudança foi defendida pelos presentes, que advertiram que o Brasil está competindo com outros países, onde as regras permitem a rapidez necessária. "É preciso um olhar diferenciado para a ciência. Senão, vamos continuar comprando pacotes, vamos continuar sem uma indústria verdadeira, nacional. E vamos comprar da China, que é o que estamos fazendo hoje", criticou Helena. "Precisamos acordar e ver que o resto do mundo está caminhando em uma velocidade assustadora", propôs.

Além de pedir um regime diferenciado de contratações (RDC) para C&T , representantes da comunidade científica afirmaram que os órgãos de controle desconhecem detalhes da atividade científica e oferecem diferentes leituras da legislação, causando insegurança jurídica. "O grande problema não é a legislação em si, e sim sua interpretação. Um mesmo caso, em uma universidade é punido; em outra, é permitido", avalia Helena, que citou a lei de inovação. "Ela permite que um professor de dedicação exclusiva em um projeto que tem começo, meio e fim, aprovado na cúpula de sua universidade, nos diferentes níveis, receba pelo período. No entanto, a Cartilha "Coletânea de Entendimentos" da Controladoria-Geral da União (CGU), que tem apoio do Ministério da Educação (MEC), diz que não pode. Em algum lugar, alguém deixou de ler o que estava escrito", presumiu.

Os participantes foram unânimes em afirmar que a Lei de Licitações (8.666/93) causa problemas para o desenvolvimento da pesquisa. Eles ressaltaram a ocorrência frequente de judicializações das licitações, o que tem resultado, muitas vezes, na devolução dos recursos para o governo por parte das instituições de pesquisa. "Desta forma, fica difícil fazer ciência no Brasil. É necessária a revisão da legislação para garantir segurança jurídica", defendeu Helena.

"Se o país chegou à conclusão de que a Lei 8.666 não servia para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, e fez o RDC para estes eventos, por que não para as universidades?", questionou, acrescentando que o pregão não funciona para ciência e tecnologia. "Existem especificidades de cada reagente e de equipamentos", explicou.

Outro problema citado pela pesquisadora foi a necessidade de três orçamentos para uso do recurso público. Segundo a presidente da SBPC, o sonho de qualquer cientista é publicar em revista científica de impacto na sua área. "Ele precisa submeter seu trabalho ao editor da revista, passar por três ou quatro revisores, e se aceito, solicitar à sua instituição que pague a separata, que pague os custos. Muitas vezes, a resposta obtida é não porque tem que ter três orçamentos. Isso é desconhecimento de causa", opinou.

Helena ressaltou ainda o medo enfrentado pelos gestores de C&T. "Perde-se muito tempo fazendo gestão com medo de errar. Hoje, muitas vezes, o gestor não assina papel porque tem medo de acabar na cadeia. Não somos contra ser fiscalizados; o que não podemos é continuar com estas amarras", concluiu.

Além da presidente da SBPC, participaram do debate, representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Federal (MPF), Fórum de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP), Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Públicas, Estaduais e Municipais (ABRUEM), Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPT). A audiência foi presidida pelo deputado Gabriel Chalita (PMDB/SP).

Histórico - Há anos, a comunidade científica tenta resolver os problemas apontados no encontro de terça-feira. Em 2009, a SBPC e Academia Brasileira de Ciência (ABC) entregaram um documento ao então presidente Lula com uma relação de problemas, dentre eles a questão das compras e aquisições para as atividades de ciência e tecnologia. O texto deu origem à proposta do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Outras audiências públicas serão realizadas pela comissão especial que discute o código. Uma delas vai discutir o tema do acesso aos recursos genéticos com finalidade de pesquisa científica. Serão organizados ainda dois seminários: um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. O relatório deve ser apresentado até julho.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Prêmio Mulher Pesquisadora é destque no Jornal da Ciência


O Jornal da Ciência, um dos mais importantes veículos voltados para a divulgação de assuntos relacionados a ciências, divulgou em sua edição impressa uma matéria sobre a terceira edição do Premio Mulher Pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte.

O prêmio laureou as professoras Helenice Vital e Rosimeire Cavalcante nas categorias Sênior o Junior respectivamente. A premiação ocorreu no último dia 26 e contou com a presença da professora Maria Bernardete Cordeiro, representante da FAPERN, e da governadora do Rio Grande do Norte Rosalba Ciarlini. 

Confira a matéria completa e outros assuntos referentes à ciência no endereço eletrônico do Jornal através do link.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Prêmio oferece 20 mil dólares para jovens cientistas

Estão abertas as inscrições para o Prêmio L'ORÉAL/UNESCO/ABC  Para mulheres na Ciência. O prêmio objetiva reconhecer e apoiar o trabalho de jovens doutoras.

Podem se inscrever cientistas das áreas relacionadas a física, química, matemática, biomedicina e biologia que tenham   concluído doutorado a partir de janeiro de 2007.

O programa vai premiar até sete mulheres, com bolsa auxílio de 20 mil dólares cada,  para atuar em projetos científicos em instiuições brasileiras de ensino no período de um ano.

As inscrições seguem abertas até 31 de maio e podem ser feitas pelo endereço http://loreal.abc.org.br/inscricoes.asp

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A região do semiárido vai receber 20 mil cisternas

Com informações da Agência Brasil, via Jornal da Ciência

Com investimento orçado em R$ 200 milhões, a Petrobras pretende construir nos estados de Minas Gerais, Paraíba, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe 20 mil sistemas de captação e armazenamento de água. A ação faz parte do Programa Uma Terra, Duas Águas e pretende beneficiar 100 mil pessoas em 210 municípios.

De acordo com a Petrobras serão distribuídos quatro tipos de sistemas de captação (cisternas calçadão, cisternas de enxurrada, barreiro trincheira e barragens subterrâneas), que serão implantados de acordo com as condições de cada região. Segundo as empresas as cisternas serão “simples, de baixo custo e adaptadas às condições do semiárido”.

As cisternas serão distribuídas prioritariamente a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, moradoras de região rural e com crianças de até seis anos de idade ou com filhos matriculados e frequentando escolas. Famílias com adultos igual ou superior a 65 anos, deficientes físicos ou mentais também são consideradas prioritárias. De acordo com a Petrobras, 60% dos municípios que serão beneficiados com o programa estão localizados em áreas atuantes ou de importância para a companhia. 

Semana Nacional de Museus


Começa no próximo sábado a 11ª Semana Nacional de Museus. O Rio Grande do Norte participa do evento com a realização da assinatura dos contratos para os projetos do Memorial Câmara Cascudo e Fortaleza dos Reis Magos, além de uma série de mesas redondas e palestras.

A  Semana Nacional de Museus 2013 tem como tema “Museus (memória+Criatividade) = Mudança Social” e estará em cartaz em 535 municípios do país entre os dias 12 e 19 de maio.  No Rio Grande do Norte a programação vai ser concentrada entre a Fortaleza dos Reis Magos e a Pinacoteca do Estado.

Outras informações sobre a 11ª Semana Nacional de Museus no RN podem ser conferidas no endereço da Secretaria de Extraordinária de Cultura


terça-feira, 7 de maio de 2013

PPSUS RN discute ações para 2013


Foi definido durante reunião realizada na Secretaria de Estado da Saúde Pública, na primeira semana de maio, os direcionamentos para Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS) no Rio Grande do Norte. 

Na reunião foi revisto e acrescentado novos itens nas linhas prioritárias de forma que ficassem de acordo com o recomendado pelo Ministério da Saúde.

Dez linhas prioritárias foram definidas após a discussão dos temas “Atenção a Saúde da População/Pesquisa Clínica”, “Informação e Comunicação em Saúde” e “Sistemas e Políticas de Saúde, nas Perspectivas da Regionalização”. 

Para a execução das linhas, os pesquisadores presentes consideraram que é necessário valorizar projetos desenvolvidos fora da região de Natal, socializar pesquisas do PPSUS, valorizar projetos voltados a rede cegonha, psicossocial, condições crônicas, urgência e emergência hospitalar e além de projetos destinados a pessoas com deficiência. Também foi proposto a determinação de uma faixa de recursos para o financiamento de projetos coordenados por pesquisadores mestres.

Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica



Estão abertas as inscrições para o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica. Destinado a pesquisadores, escritores, jornalistas, veículos de comunicação e instituições que contribuem para a divulgação da ciência e da tecnologia para o grande público, o prêmio vai laurear o ganhador com R$ 20 mil.

O Prêmio José Reis de Divulgação Científica é atribuído em sistema de rodízio, sendo ele divido em três categorias. Divulgação Científica e Tecnológica, Jornalismo Científico e Instituição e Veículo de Comunicação. As inscrições seguem abertas até o dia 17 de maio. 

A ficha de inscrição e outras informações podem ser acessadas através do endereço www.premiojosereis.cnpq.br.


Código Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação em discussão


Via Jornal da Ciência

Por Beatriz Bulhões, de Brasília 

Um novo regramento que estimule e acelere o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica no Brasil, que retire entraves burocráticos e traga significativos ganhos para a sociedade brasileira. Esta é a proposta do Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), cuja criação está em debate no Congresso Nacional. O novo texto pretende aprimorar e resolver alguns gargalos e, estimular a inovação.

Para ouvir a posição de diferentes instituições sobre o projeto, foi realizada audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 23 de abril. A reunião foi organizada pela Comissão Especial do PL 2177/2011 e presidida pelo deputado Izalci. Os participantes foram Sérgio Gargioni, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP); Jadir Péla, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia(CONSECTI); Reinaldo Ferraz, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Jaime Santana, conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); e Maria Paula Dallari, assessora jurídica da Agência USP de Inovação.

Jaime Santana, conselheiro da SBPC, chamou atenção para a importância de se ter um marco legal moderno e desburocratizado que fomente a pesquisa e o desenvolvimento em patamares de excelência e com a velocidade e flexibilidade compatível com esses tipos de atividades. Segundo ele, a ciência e a inovação por cursarem na fronteira do conhecimento, necessitam de uma base legal que atenda às freqüentes mudanças dos quadros locais e mundial.

Jaime ressalta que a proposta atual de Código apresenta um excesso de exigências para o gestor público de CTI. O Código como está proposto investe mais no controle do que na execução e enfatiza mais a criminalização e a penalização, do que propriamente a agilização e a facilitação do sistema de apoio ao pesquisador e ao sistema empreendedor. A SBPC entende, no entanto, que a proposta tem muitos pontos positivos que devem ser mantidos na proposta final, tais como: a celeridade e priorização no desembaraço de equipamentos e insumos importados para as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação; visto temporário para bolsistas estrangeiros que participam de projetos de pesquisa e desenvolvimento no país; estímulo à parceria entre universidade e empresa, criando mecanismos facilitadores para a participação de pesquisadores no processo de inovação no ambiente da empresa e em atividades de pesquisa em outras entidades públicas, por meio de afastamento temporário; sistema de prestação de contas mais flexível, que foca mais no resultado do projeto do que na contabilidade. Conclui que apesar da ideia ser positiva, o texto, da maneira como está proposto, precisará ainda de vários aprimoramentos que poderão ser alcançados por meio dos debates com a sociedade.

Para Sérgio Gargioni, presidente do Confap, a ineficiência no Sistema Nacional de CTI está ligado ao processo burocrático. O Código regulará questões cruciais para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, como as condições de licenciamento da tecnologia; a participação dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) como braço operacional da direção máxima da entidade; isenção de impostos de importação para materiais de pesquisa; o acesso à biodiversidade brasileira para fins de pesquisa científica; a flexibilização da Lei de Licitações (8.666/93) para as compras e contratações no setor; a criação de ambientes cooperativos de pesquisa e de geração de produtos inovadores; e a flexibilizaçãodo regime de dedicação exclusiva de pesquisadores vinculados a entidades públicas.

Segundo Gargioni, um ponto muito importante na proposta é considerar que ciência e tecnologia sejam considerados como investimento e não mais como capital nem custeio. Para ele, outros pontos importantes previstos no Código são: não ter acompanhamento do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - (SICONV), permissão para criação de fundos de investimento e incentivos fiscais para pessoa física, e aquisições diretas no valor de até 50 mil reais.

Em sua apresentação, Gargioni finaliza dizendo que "se pudesse ousar, faria uma legislação com três artigos que dissesse que todo projeto de pesquisa, aprovado por qualquer agência de financiamento, poderá fazer aquisições independentes da Lei 8.666/93, seria por aquisição direta; que as importações seriam liberadas e; que os recursos não fossem vinculados a custeio e capital. Esses seriam três passos enormes para se avançar".

O presidente do Consecti, Jadir Péla, ressalta que o Código dá celeridade e prioridade ao desembaraço de insumos e equipamentos para CTI; permite o visto temporário para pesquisador estrangeiro; que a prestação de contas eletrônica prevista é muito mais flexível e simplificada e que deve ser analisada por pessoas que tenham conhecimento da área. Pélareforça a ideia de se criar um regime de compras especial para a área de CTI. Para ele, é necessário enfrentar a questão das compras, o importante é destravar os empecilhos ao desenvolvimento da pesquisa no país.

No Executivo federal, o MCTI é que está coordenando a consulta a outros ministérios para apresentar as sugestões para o aperfeiçoamento da proposta do Código. Segundo Reinaldo Ferraz, o MCTI vem buscando construir uma proposta de consenso junto ao Ministério do Planejamento, Ministério do Meio Ambiente e Ministério de Educação. Os temas presentes nesta agenda de negociação são a classificação orçamentária de C&T como investimento; um regime de compras especial para CTI devido as limitações da 8666, adaptação do SICONV (convênios); aperfeiçoamento do conceito de ICT, incluindo no mesmo os entes privados de CTI; a institucionalização dos NITs, que tem papel imprescindível na inovação brasileira; afastamento do pesquisador para outra ICT ou empresa privada; ajustes de redação para diversos pontos da lei; acesso aos recursos genéticos para fins de pesquisa; definição de pesquisador público; relação da CAPES, CNPq, FINEP, FAP e outros com as Fundações de Apoio; ajuste na redação para contratos de transferência de tecnologia; ajuste de redação para atividades conjuntas de P&D; ajuste de redação para participação do criador nos resultados; informação direta das ICTs ao MCTI; inclusão de polos, parques e incubadoras no texto da lei; ajuste na redação para concessão de bolsas; substituição de professor afastado para atividades de P&D.

Maria Paula Dallari, da USP, lembrou que a aprovação do Código e a revogação da Lei de Inovação podem impactar as legislações estaduais e municipais referidas, com o risco de perda da cultura de aplicação dos dispositivos já existentes. Dallari sugere que a nova lei fortaleça as ideias de cooperação federativa, articulação intragovernamental e indução e apoio ao setor privado. Outra sugestão de Dallari é inserir no Código o tema "cartão pesquisa", já discutido entre MCTI e MEC, em 2009, no âmbito da "agenda da autonomia". O cartão pesquisa é um cartão de crédito a ser utilizado nos pagamentos referentes a projetos de pesquisa CT&I.

Os passos do CNCTI no Congresso

O Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, de autoria do deputado Bruno Araújo, tramita na Câmara dos Deputados como PL 2177/2011, em Comissão Especial. No Senado Federal, a mesma proposta tramita simultaneamente como PLS 619/2011, do senador Eduardo Braga. Está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, com o relator senador Luis Henrique.

A agenda de discussão do Código será de aproximadamente dois meses. Há um cronograma já definido com outras audiências públicas e seminários nos Estados. O relator, deputado Sibá Machado instalou um GT de consulta que conta com a participação do MCTI, Anpei, Fortec, SBPC e outros. O relator pretende trabalhar o aperfeiçoamento da legislação ordinária existente, como também apresentar uma Proposta de Emenda Constituição (PEC) sobre o Sistema Nacional de CTI, incluindo a competência da União de estabelecer obrigações em CTI para estados e municípios. As próximas audiências estão previstas para os dia 07, 14 e 21 de maio, no âmbito da Comissão Especial que aprecia o PL 2177/11, sempre às 14h30.


quinta-feira, 2 de maio de 2013

IPEA seleciona pesquisadores


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está selecionando pesquisadores para atuar em projetos do  Subprograma de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional  (PNPD) do Programa de Mobilização da Competência Nacional para Estudos sobre o Desenvolvimento - PROMOB. 

Será concedida uma bolsa de mestre na área de Ciências Humanas ou Sociais para trabalhar como Assistente de Pesquisa III no projeto “Economia dos Cuidados: desigualdades e desafios para a redistribuição do trabalho doméstico”. A bolsa tem vigência de um ano. As inscrições podem ser realizadas até o dia 15 de maio.

Outro projeto do IPEA também está com inscrições abertas. Três vagas estão sendo oferecidas para graduados na área de Ciência da Computação ou Sistemas de Informação para trabalhar como Assistente de Pesquisa I no Instituto do Rio de Janeiro. As inscrições seguem abertas até o dia 12 deste mês. As bolsas tem duração prevista de um ano.

Mais informações poder obtidas no link.  

UFRN vai sediar conferência com Charles Taylor


A Universidade Federal do Rio Grande do Norte vai ser palco da conferência Políticas do Reconhecimento: Um debate contemporâneo. 

O evento é uma ação do Núcleo de Estudos Críticos em Subjetividades Contemporâneas em parceria com o Instituto Humanitas Unisinos.

A conferência será realizada no dia 10 de maio no auditório da Biblioteca Central da UFRN e terá como convidado o filósofo Charles Taylor.

A entrada para o evento é livre.