Via Agência de Gestão CT&I
O secretário
executivo do ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Elias,
destacou que o Brasil, em conjunto com países da América Latina e Caribe,
elaborará um documento a ser apresentado no Fórum Mundial da Ciência (FMC), em
novembro, no Rio de Janeiro. O objetivo da proposta é ressaltar o papel da
ciência como instrumento fundamental para a correção das desigualdades sociais
e do desenvolvimento econômico.
“Queremos mostrar que fazemos ciência
de muita qualidade. A ideia é que a gente consiga capturar a percepção da
importância da ciência e dos impactos que ela têm na região. Por isso,
levaremos para o Fórum Mundial uma proposição latino-americana”, afirmou Elias
em entrevista à Agência Gestão CT&I, durante o 7° Encontro preparatório
para o FMC, realizado nos dias 21 e 22 de novembro, em Brasília.
O documento será
redigido em cooperação com a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe
(Cepal) e a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a
cultura. Segundo Elias, a proposta focará na educação em ciência, na formação
de recursos humanos, no acesso ao conhecimento e na garantia da
sustentabilidade e da produtividade da economia.
Além da proposição
internacional, o Brasil também apresentará um texto próprio no FMC. Ele será
elaborado por um grupo formado por pesquisadores com destaque nacional. A
proposta é fruto dos sete encontros preparatórios. Sobre este texto, o
secretário executivo do MCTI explicou que a expectativa é que ele funcione como
um instrumento renovador das ações governamentais para a ciência, tecnologia e
inovação do País.
“A ideia é
aprimorar as políticas públicas. As críticas sobre elas fazem parte de um
processo constante de aperfeiçoamento e de correção de rumo. Na realidade, o
governo quer exatamente isso: ouvir a sociedade e corrigir o caminho das nossas
políticas. Esperamos que o documento traduza os anseios da sociedade brasileira
por maior capacidade, maior inclusão, maior progresso”.
Apesar de estar em
fase de desenvolvimento, o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC),
Jacob Palis, adiantou algumas questões que estará no texto. Segundo ele, a
proposta defenderá mais recursos para o setor, a aproximação entre o cientista
e empresas e a descentralização das atividades de CT&I do eixo Rio-São
Paulo.
“Sabemos que uma
das prioridades do País é o investimento em inovação. Esta para nós será
resultado de novas descobertas. Para tanto, é imprescindível o fomento para as
atividades de pesquisa e desenvolvimento”.
O presidente da ABC
ainda salientou que caso as ações a serem propostas pelo documento sejam
implementadas, a ciência brasileira poderá mudar de patamar nos próximos
anos.
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